terça-feira, 21 de junho de 2011

Salve-se quem puder

Com o crescimento do futsal da ADC Intelli veio também o aumento da rivalidade, principalmente regional. Entre os rivais de explicado destaque temos nossos irmãos serranenses, que dividiram as primeiras glórias regionais com a equipe de Orlândia na metade dos anos 80.

Com isso veio a preocupação dos diretores orlandinos em contratar seguranças e dar maior tranquilidade de trabalho aos atletas, é a deixa para o surgimento de nosso herói nessa história.

Vindo de Uberaba (MG), Taíde se apresentou aos diretores da equipe como sendo profissional no ramo de segurança, mestre em artes marciais e com um currículo de fazer inveja ao Anderson Silva ou Vitor Belford.

As dimensões de Taíde realmente impunham respeito, era o chamado popularmente de 2x2 e no primeiro clássico entre Intelli e Serrana, famoso pelas atribulações em quadra e fora dela, os orlandinos partiram certos de que dessa vez estariam seguros.

A partida na cidade de Serrana foi eletrizante, como devia ser um clássico entre esses dois clubes. Nos segundos finais o placar apontava 1 a 0 para os anfitriões e para desespero da torcida local, a arbitragem teve 'peito' de anotar um tiro livre direto contra a equipe da casa.

Preparado para a cobrança, o homem que tinha um verdadeiro canhão no lugar de pernas, Nildo da Rocha, ouvia o clamor da torcida serranense: “Ra, ra, ra se fizer vai apanhar, ra,ra,ra se fizer...”

No alto de seu profissionalismo e juventude, Nildo não se intimidou e colocou na 'gaveta', sem ter tempo para comemorar, já que os torcedores desciam as arquibancadas para cumprir o prometido.

Rapidamente todo o time da Intelli partiu em fuga rumo ao vestiário e para surpresa e espanto geral encontraram as portas fechadas. Após variados tipos de tapas, empurrões e 'elogios' às mães orlandinas, finalmente a porta descerrou-se e de trás dela surgiu o grande Taíde, devidamente 'borrado' com a situação.

A explicação de Taíde foi ainda pior do que as pancadas recebidas naquela noite. O segurança argumentou que era um lutador profissional e que não podia agredir ninguém, a federação das artes marciais não permitia tal atitude, sob pena de ter sua licença de lutador caçada.

No dia seguinte a porta que Taíde fechou em Serrana serviu de inspiração para a porta se fechar para ele na Intelli.

Um comentário:

  1. Bela história, espero que venha mais dessa época de ouro

    Nildo da Rocha.!!!

    Grande Nildinho

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