Como mencionado anteriormente, as aventuras em Santa Cruz de La Sierra, cidade localizada no coração da Bolívia, começaram antes mesmo da aeronave pousar no país de Evo Morales. Desde o primeiro instante, transporte foi sinônimo de adrenalina nessa empreitada.
O primeiro contato com o avião que levaria o elenco de 2004 para a disputa do quadrangular internacional, não foi dos melhores, graças ao estado preocupante do ‘asa dura’ e como diz o ditado, ‘a primeira impressão, é a que fica’, nesse caso não só a impressão, o pavor também ficou em longas horas de viagem.
Já em terras bolivianas veio a saga dos taxistas malucos, era só o começo da aventura. No primeiro dia de competição não foi disponibilizado um ônibus para o translado da delegação, conforme combinado anteriormente com a organização o evento, e os velhos amigos taxistas tiveram que ser escalados, novamente trazendo fortes emoções.
Na 'longaaaa' viagem rumo ao local das competições, se descobriu que no país existem poucos semáforos, os painéis dos automóveis ficam do lado contrário do motorista e que os 'pilotos', praticamente kamikazes, geralmente não tem habilitação e trafegam apavorando, principalmente delegações desavisadas, que nesse caso ficou mais apavorada que cachorro em canoa.
Nos movimentados cruzamentos reinava a lei da roleta russa, valia a lei do mais forte, era possível verificar cinco carros, cada um vindo de uma direção e, sabe se Deus de que maneira, se ajeitavam e passavam, imagine essa situação na segunda maior cidade do país, e a maior população, com 1,4 milhões de habitantes, enfim, os orlandinos sofreram mais que joelho de freira na semana santa, mas chegaram ao destino, felizmente sãos e salvos, mas infelizmente...borrados (desculpem o termo, mas é a mais pura verdade).
Passado o susto, houve o primeiro jogo da competição, que terminou com vitória da ADC Intelli e antes do retorno ao hotel, a programação previa um almoço no centro da cidade, novo caminho a ser percorrido de táxi, mas na saída do ginásio, onde estavam os taxistas?
Simplesmente desapareceram e a explicação é que entre 12h00 e 15h00, era hora da sagrada ‘siesta’ e toda a população da cidade repousava. Com muito jogo de cintura, os salonistas convenceram cinco motoristas a interromper a hora do repouso e distribuída em cinco veículos a equipe partiu em novas peripécias.
No caminho, sob a alegação de que naquele horário não havia trânsito intenso, os motoristas trafegavam na contra mão, subiam nas calçadas, nos canteiros, atravessam os poucos sinais existentes, quando fechados e vez ou outra quase topavam, literalmente, com outros motoristas que igualmente julgavam não haver trânsito no horário.
Para fechar com chave de ouro, chegando ao restaurante, constatou se que um dos automóveis tinha se perdido do comboio, levando consigo cinco jogadores intellianos, surgindo depois de meia hora, com os desaparecidos em estado deplorável, devido às agonias da viagem.
A essa altura, já era fato que aquele avião do início dessa aventura, mesmo reformado com esparadrapo, fita crepe e durepox, era uma aeronave de primeira classe, os calafrios que vieram à tona no vôo rumo à Bolivia eram fichinha e nada comparado ao que se viu e viveu nos transportes terrestres daquele país.
vcs não foram a Bolivia que conheço e é muito bom! mal assessorados isso sim..
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