2001 foi um período decisivo para que o projeto ADC Intelli atingisse a força que alcançou nos dias de hoje. Foi nesse ano que o pivô Osman foi contratado para defender as cores intellianas, sem ninguém supor que esse seria o símbolo de um projeto vencedor.
Osman é um jogador extremamente habilidoso, com uma visão do clássico jogo de pivô apurada e um faro de gol impressionante, porém, pouco ‘chegado’ a marcar, mas mesmo assim chamou a atenção do técnico Cidão pelas suas qualidades.
No entanto, em suas primeiras partidas em Orlândia, o atleta não agradou, no novo ambiente ele teve dificuldades e na terceira ou quarta partida já se ouviam vaias e lamentações quando o craque entrava em quadra.
Foi preciso uma jogada de mestre para que Osman se sentisse em casa. Em uma partida pelo Campeonato Paulista do Interior, quando a Intelli enfrentaria o Clube Atlético Bragantino, o técnico Cidão, sempre simpático, fez questão de receber os bragantinos pessoalmente em sua chegada ao ginásio e algo chamou a atenção do treinador.
E foi depois dessa recepção que o técnico decidiu, Osman iria ficar na reserva. Mas por quê? Teria ele ficado temeroso pela competência do fixo adversário?
No jogo, apesar de estar desconfiada do pivô que desembarcou em Orlândia com pompa de salvador, a torcida orlandina se irritou pela ausência do craque, o próprio jogador já estampava uma fisionomia de poucos amigos no banco de reservas, todos estranhavam a situação, principalmente pela dificuldade que a partida apresentava, o primeiro tempo terminou com um empate de três gols e sem nenhum sinal da entrada de Osman.
Com alguns minutos jogados no segundo tempo, Cidão deu a ordem para que Osman se aquecesse, e lá foi ele, com a fisionomia esperada de quem vivia a nova situação de ser reserva depois de tanto tempo jogando futsal.
Mas bastou poucos minutos em quadra para o aborrecimento ser esquecido, naquele dia o jogador apresentou seu cartão de visitas. O repertório teve de tudo: belos dribles, assistências espetaculares e gols mais ainda.
No final, o técnico Cidão explicou sua tática. Os adversários enfrentaram os 350 quilômetros que separam Orlândia de Bragança Paulista em uma recatada Van, espremidos e se acotovelando e sem tempo para descanso, chegando ao local do jogo 30 minutos antes do início, nesse momento deram a bela idéia ao treinador de usar o cansaço como aliado.
Osman só entrou em quadra no momento em que o técnico sentiu a exaustão do time adversário e parece ter funcionado. Foi a partir daí que o pivô caiu nas graças da torcida orlandina e iniciou uma caminhada que até hoje não terminou. No mesmo ano a Intelli, com grande suporte do talento de Osman, se tornou Campeã do Interior e fez uma bela campanha no Paulistão, o que impulsionou para que o projeto seguisse adiante e se tornasse grande.
Ahhh, o jogo contra o Bragantino se encerrou com o placar de 9 a 3 para a Intelli, com direito a gol de calcanhar de Osman, o eterno xodó da torcida intelliana.
a Intelli foi campeã, mas o time de Dracena era melhor... os dois times se enfrentaram na semi e a Intelli saiu vencedora, por ter melhor melhor campanha, tinha a vantagem... foi um jogo épico, que os próprios torcedores intellianos reconheceram a superioridade do time dracenense
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