segunda-feira, 4 de julho de 2011

'Viaje de locos'


Terras estrangeiras também foram testemunhas das façanhas intellianas. Em 2004, pela segunda vez o time de Orlândia saiu do Brasil para disputar uma competição internacional, no ano anterior o time já havia visitado a cidade de Assunção, no Paraguai e dessa vez o destino foi Santa Cruz de La Sierra, cidade localizada nas margens do Rio Piray, no coração da Bolívia.

Já no avião classe A (de Arrepiante) começaram as angústias. As asas da aeronave apresentavam remendos a base de ‘durepox’, os pernilongos foram companheiros de viagem, mas felizmente, horas de agonias depois, ficou comprovado que nem tudo que balança cai e o ‘asa dura’ pousou são e salvo para comemoração geral.

Mas as penúrias estavam apenas começando, em solo boliviano era necessário cruzar outros 500 kms até alcançar o destino, Santa Cruz de La Sierra. Um ônibus já aguardava a delegação intelliana, porém, bastou o avião atingir o solo para surgir taxistas de tudo que é jeito, todos com caras de poucos amigos, protestando contra a presença do ônibus e insistindo para que a delegação se dividisse nos táxis bolivianos.

A pressão por parte dos profissionais do volante foi grande, atingiu níveis assustadores e agressivos e provocou todo tipo de reação no elenco orlandino. Roberto Pessoa dos Santos, o famoso Betão, no auge da confusão, no alto de seus quase dois metros de altura e corpo de colocar medo em Taíde (ver histórias anteriores), chegou a tirar a camisa e declarar com seu tradicional e carregado sotaque cearense “que ia resólve na pórrada”, idéia felizmente abandonada, graças ao poder de persuasão da comissão técnica e diretoria.

Foi preciso a intervenção da Polícia Nacional da Bolívia para liberar os acuados brasileiros, só assim os bolivianos finalmente cederam e a viagem seguiu adiante. Era apenas o começo da saga em Santa Cruz de La Sierra, que rendeu muitas outras histórias para esse blog...

PS: No retorno a peleja se repetiu, foram mais de horas perdidas ao som de “cuernos, hijos de puta, cabrón, volver aqui”, felizmente naquele grupo ninguém falava mais que o português, caso contrário o desespero poderia ser ainda maior e Betão poderia partir para a ‘lucha’.

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